Peça coletada na Estância Miranda – V9M2

Postado por: Luciana Montera

Peça coletada na Estância Miranda
Índios Agricultores Cerâmistas

Peça: Moringa

Os indígenas em Mato Grosso do Sul somavam muitas centenas de milhares de pessoas, distribuídas por mais de uma dezena de povos diferentes entre si. O que distingue os indígenas dos caçadores-coletores pré-históricos é o fato de que os indígenas eram produtores de parte de seus alimentos, isto é, já possuíam uma economia baseada na produção e acumulação de bens de consumo. Quando e como surgiram as sociedades indígenas em Mato Grosso do Sul é uma das questões que a Arqueologia busca responder. Possivelmente a introdução do modo de ser indígena, no território estatual, deu-se por meio de movimentos migratórios oriundos de outras regiões do país, como a bacia amazônica por exemplo, ou mesmo dos países vizinhos, a Bolívia e o Paraguai. As sociedades indígenas, ao contrário dos caçadores-coletores, abrigavam centenas de pessoas em uma mesma comunidade sedentária, as aldeias eram fixas e ocupadas por décadas seguidas. O ferramental de trabalho do indígena era fortemente influenciado pela sua economia, isto é, o manejo vegetal (agricultura) a coleta, a caça e a pesca. Seus artefatos de uso cotidiano baseavam-se na utilização de madeiras, na cestaria e trançados vegetais, em diversos tipos de recipientes de cerâmica, em ossos de animais, ferramentas de pedra polida (pilões, machados, etc) e alguns tipos de ferramentas de pedra lascada. Os indígenas praticavam complexos rituais funerários, algumas etnias sepultavam seus mortos em urnas funerárias de cerâmica, os chamados sepultamentos secundários, ou seja, somente os ossos e alguns adornos e objetos pessoais do morto.

Técnica: Apliques de cordões de argila

Etnia: Guarani

Dimensões: 23 cm x 20 cm x 5 cm

Arqueólogos: Doação

Datação aproximada: Não identificado

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